Estados Unidos

Maya Angelou (1928-2014) foi uma das mais destacadas vozes das artes e letras norte-americanas. Escritora, poeta, cantora e ativista dos direitos humanos, tornou-se conhecida sobretudo pelas suas sete autobiografias, que são também uma história da América. Ao longo de 50 anos, escreveu ainda ensaios, coletâneas de poemas, peças de teatro e guiões para filmes, que lhe valeram mais de meia centena de prémios. Na sua juventude foi ajudante de cozinha, dançarina em clubes noturnos, prostituta, fez parte do elenco do musical Porgy and Bess e foi jornalista no Egipto e no Gana durante os tempos da descolonização. Ativista dos direitos civis, trabalhou com Martin Luther King Jr. e Malcolm X. A partir de 1990, começou a dar palestras um pouco por todo o mundo, missão que prolongou até depois dos 80 anos. Em 1993, recitou um dos seus poemas na inauguração do primeiro mandato do presidente Bill Clinton.

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Cabo Verde

Manuel Lopes nasceu na Ilha de São Vicente (Cabo Verde) em 1907. Quando jovem, tentou estudos liceais em Coimbra, voltou à terra natal, mudou-se para os Açores e, finalmente, fixou-se em Lisboa onde morreu em 2005. Dotado de um espírito irrequieto e agitador de ideias, colaborou em vários jornais de Cabo Verde, "Notícias de Cabo Verde" entre outros, num esforço para despertar o interesse da juventude cabo-verdiana para os problemas da sua terra. É esse espírito que o leva a juntar-se a Baltasar Lopes e Jorge Barbosa para, em conjunto, criarem a revista "Claridade". No domínio literário como no sócio-político, procurou Manuel Lopes demonstrar principalmente que o homem cabo-verdiano tinha uma profunda consciência das insuficiências do seu meio, hostil por natureza, e como não se conformava com ele.

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São Tomé e Príncipe

Mário Domingues (São Tomé e Príncipe, 1899 – Lisboa, 1977) foi jornalista, escritor e militante anticolonial. De origem são-tomense e cabo-verdiana, destacou-se como uma das primeiras vozes negras da imprensa portuguesa no início do século XX. Colaborou em jornais como A Batalha e O Século, escrevendo sobre racismo, colonialismo e justiça social, e participou ativamente em movimentos libertários e anarquistas. Autor de romances, contos e ensaios, é hoje reconhecido como precursor do pensamento antirracista em Portugal.

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Moçambique

Mia Couto (António Emílio Leite Couto, nascido em 1955, na Beira, Moçambique) é um dos escritores mais reconhecidos da literatura lusófona contemporânea. A sua obra combina realismo mágico, tradição oral africana e uma linguagem poética profundamente original. Autor de romances como Terra Sonâmbula, O Último Voo do Flamingo e Jesusalém, tem sido amplamente traduzido e premiado, incluindo o Prémio Camões (2013) e o Prémio Neustadt de Literatura (2014). Além de escritor, é também biólogo e jornalista.

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Angola

Manuel Rui (nascido em 1941, no Huambo, Angola) é um escritor, poeta e jurista angolano. Destaca-se como uma das vozes mais importantes da literatura angolana pós-independência. Autor de obras como Quem Me Dera Ser Onda e Sim, Camarada!, a sua escrita combina humor, crítica social e linguagem popular para retratar a realidade angolana.

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Portugal

Marcos Cardão é historiador com especialização em História Moderna e Contemporânea, doutorado em 2013 pelo ISCTE Instituto Universitário de Lisboa. Atualmente é investigador de pós-doutoramento no Centro de Estudos Comparatistas – Universidade de Lisboa. A sua investigação centra-se em temas como cultura de massas, nacionalismo, pós-colonialismo, luso-tropicalismo, e representações culturais portuguesas no contexto colonial e pós-colonial.

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Mali

Manthia Diawara (nascido em 1953, no Mali) é cineasta, escritor e professor universitário, reconhecido como uma das vozes mais influentes nos estudos de cinema africano e cultura pós-colonial. Formou-se nos Estados Unidos, onde é professor de Estudos Africanos e Literatura Comparada na New York University (NYU) e diretor do Institute of African American Affairs. É autor de obras de referência como African Cinema: Politics and Culture e In Search of Africa, e realizou documentários como Sembène: The Making of African Cinema e Negritude: A Dialogue Between Wole Soyinka and Léopold Senghor. O seu trabalho cruza arte, política e identidade africana, explorando as transformações culturais do continente e da diáspora africana contemporânea.

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